quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SONDA VÊ BURACO NEGRO



No livro Órion o escritor diz da não existência de buracos negros no Universo, não estamos aqui denegrindo a imagem deste escritor, pois admiramos o profundo conhecimento do mesmo em relação à Cosmologia sendo ele um astrônomo amador segundo sua informação, buracos negros existem e já foram objetos de estudos em ação.

Um telescópio da Nasa flagrou pela primeira um buraco negro engolindo uma estrela. Ao captar os raios ultravioletas emitidos durante esse violento evento cósmico, a sonda orbital Galex (abreviação de Galaxy Evolution Explorer), da Nasa, deve ajudar astrofísicos a estudar o processo para entender como os grandes buracos negros evoluem junto das galáxias que os abrigam. 

O limite entre um buraco negro e o resto do universo é chamado o horizonte de eventos. Porém, esse limite é apenas uma concha hipotética, a uma distância do centro do buraco negro, determinada por sua massa. Qualquer coisa que cruze o horizonte de evento nunca poderá voltar ao universo externo. Se a matéria que formou o buraco negro não fosse giratória, a massa do buraco seria concentrada em seu centro. No entanto é mais aceito, que a matéria estaria girando inicialmente, e sua massa tomou a forma de um anel dentro de seu horizonte de evento.


Buracos negros são objetos cósmicos com concentração de massa tão grande que, a certa distância, nem a luz é capaz de escapar de sua gravidade. "Um buraco negro supermaciço no núcleo de uma galáxia é revelado quando uma estrela passa perto o suficiente para ser rompida por forças de maré [distorção causada pela gravidade]", quem escreveu este artigo foram cientistas em estudo já divulgado.

"Um clarão de radiação foi emitido pelos restos estelares que mergulharam no buraco negro", explicam em trabalho publicado na revista "The Astrophysical Journal". 


Segundo os autores do estudo, o fenômeno observado pelo Galex que permitiu identificar o buraco negro gigante em ação foi um clarão de raios ultravioleta vindo do interior de uma galáxia distante, a três (3) bilhões de anos luz. A freqüência da radiação captada pelo Galex estava dentro daquela esperada para o fenômeno.

"A luminosidade, a temperatura da radiação e a curva de decaimento do clarão estão perfeitamente em acordo com previsões teóricas para a perturbação de maré [distorção gravitacional] sobre a estrela", relatam os cientistas.

CENTRO MOVIMENTADO

Buraco negro supermassivo numa gálaxia anã
Os cientistas afirmam que a única maneira de explicar esse clarão misterioso é recorrer às previsões teóricas sobre buracos negros em atividade. Acredita-se que buracos negros supermaciços como os detectados pelo Galex existam no centro de todas as galáxias, incluindo a Via Láctea, aquela onde o Sol reside. "Esse clarão ultravioleta veio de uma estrela sendo literalmente rompida e engolida pelo buraco negro", disse o astrofísico Suvi Gezari, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), um dos autores do estudo. "Esse tipo de evento é muito raro, então tivemos sorte de poder estudar todo o processo do início ao fim."

O trabalho publicado agora é resultado do fruto de dois anos de observação seguidos de vários meses de análise. A sorte à qual Gezari se refere é a de ter conseguido observar a galáxia antes do início do processo de captura.

"Nós observamos a galáxia em 2003 e não havia nenhuma luz ultravioleta vindo de lá", disse. "Depois, em 2004, vimos de repente essa fonte [de radiação] extremamente brilhante."

Para complementar as observações, os astrofísicos também usaram imagens feitas na faixa de freqüência dos raios X, captadas pelo telescópio espacial Chandra. Na década de 1990, esse observatório orbital já tinha colhido imagens de núcleos galácticos mostrando o cenário antes e depois de estrelas serem engolidas, mas nunca o fenômeno havia sido captado durante o processo.

SORTE DE VETERANO

Imagem de raio x capatada pelo telescópio Chandra
TELESCÓPIO CHANDRA
"Essa foi a primeira vez que realmente conseguimos monitorar o clarão de radiação de um evento desses em detalhes", 

Afirmou Gezari. Ele expressa em números aquilo que chama de sorte: "Só uma vez a cada 10 mil anos uma estrela passa perto o suficiente de um buraco negro no centro [de uma galáxia] para ser destruída e engolida dessa maneira".

Os cientistas pretendem agora usar os dados descritos no estudo para observar outras galáxias.  

"Agora que sabemos que podemos observar esses eventos com luz ultravioleta, temos uma ferramenta para achar outros", diz Suvi Gezari.

O FILÓSOFO