O título deste estudo é simples, é comum, mas é terno, pois é nossa casa, é o nosso sistema solar tão discutido em nossos dias (espero que sejam os últimos dias da história deste mundo que seria um oásis, um bálsamo para nós, os seus moradores, estaríamos hoje morando em uma jardim e não fazendo apologias, discusões, palestras, conferências sobre qual a posição da Via Láctea), o qual foi dado por Camille Flammarion, que apresentou, em 1903, na Sociedade Astronômica da França, uma refutação à tese do naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823-1913) “de que o Sol estaria no centro da Via Látea, que a Via Látea representaria o Universo inteiro, que o Sol não teria outra função que iluminar e fecundar a Terra e que nosso planeta é o único habitado”. Infelizmente não tivemos acesso ao original de Wallace, nem ao seu livro sobre o tema. Entretanto, Flammarion ordena sua discussão conforme o artigo a refutar, possibilitando que acompanhemos passo a passo suas idéias.
A tese de Wallace foi apresentada em cinco seções:
1º Será infinito o número de estrelas?
2º A distribuição das estrelas no espaço.
3º A Via Látea.
4º Nosso aglomerado de estrelas.
5º A adaptação da Terra para a vida.
Será instrutivo seguir de perto as justificativas de Flammarion, que serão citadas entre aspas, sem referência, como fizemos acima. Em seguida, serão cotejados as evidências observacionais e os modelos da época com os atuais. Mas antes de atingir 1903, pretendemos apresentar como a idéia de Universo foi evoluindo na concepção humana.